Sete virtudes do software livre
Muito se ouve falar de software livre, open source e coisas do gênero, mas será que vale a pena apostar em soluções de código aberto? Confira, a seguir, os principais argumentos de que acha que sim. E se você discorda, explique por quê. Nossa próxima incursão no tema pode ser uma lista dos sete pecados capitais desse modelo.
1 – Preço. É difícil competir com algo que costuma ser gratuito, como o software livre. Mas vale lembrar que os defensores dos programas fechados argumentam, com razão, que se deve considerar o custo total de se usar uma ou outra solução (o chamado Total Cost of Ownership), somando o gasto com suporte, treinamento e afins ao preço inicial. Isso muitas vezes elimina ou reverte a vantagem do preço, que nem é mais visto como a maior vantagem do software livre. Mas que ajuda na decisão, ajuda.
2 – Liberdade. Quer instalar em 50 novas máquinas? Tudo bem. Quer copiar para um colega de outro departamento? No problem. Quer incorporar a um produto da empresa e passar a distribui-lo para terceiros? Você decide. A Free Software Foundation, que defende um conceito ligeiramente diferente do Open Source, adora ressaltar que o “free” de seu nome se refere a liberdade, e não preço (daí usarmos a expressão “software livre”, e não “software grátis”).
3 – Evolução. Nada pior do que ter toda uma operação dependente de um software proprietário e a empresa responsável fechar as portas, ser adquirida pela concorrente ou simplesmente decidir que não vale mais a pena dedicar esforços à atualização daquele programa. Com software livre, ninguém pode matar um programa de uma hora para a outra e você sempre poderá investir recursos próprios ou contratar terceiros para adaptarem o software a um novo ambiente ou desenvolver novos recursos.
4 – Variedade. Se o desenvolvimento de um software livre atinge uma encruzilhada, os programadores podem optar por dividir seus esforços entre duas ou mais versões. Isso sem dúvida alguma dificulta o processo, mas permite que diferentes linhas de ação coexistam e compitam entre si, estimulando o aprimoramento contínuo de cada uma delas. E se a maioria dos desenvolvedores optar por um caminho que não atende às suas necessidades, você sempre pode criar uma versão personalizada do software.
5 – Comunidade. O acesso ao código-fonte dos programas permite que qualquer curioso os estude e possa trabalhar neles. Isso estimula os programadores independentes e cria um senso de comunidade e objetivos coletivos. O resultado é uma grande oferta de mão-de-obra especializada e desenvolvedores/usuários apaixonados pelos programas. Quantas pessoas você conhece que compram camisetas da Microsoft ou colocam bonecos (Vodu não vale) do Bill Gates sobre seus monitores? E do pinguim do Linux?
6 – Qualidade. A idéia de um software em que todo o mundo pode mexer não inspira muita confiança, mas na prática, acaba funcionando. Primeiro, porque a já citada comunidade se auto-regula e auto-corrige, evitando erros que poderiam passar desapercebidos num time de desenvolvimento menor. Mas, principalmente, porque não existe pressão do chefe para cumprir prazos de lançamento. Sem requisitos comerciais a serem atendidos, os programadores trabalham até estar tudo realmente pronto.
7 – Segurança. Este é outro ponto em que a realidade surpreende quem acha que um software cujas entranhas estarem à vista de todos deve ser mais vulnerável. Pelo contrário. O fato de seu funcionamento interno ser de conhecimento público contribui para a identificação e correção de eventuais falhas. Diferente do software proprietário, uma caixa-preta a que só têm acesso os próprios programadores que deixaram passar as falhas de segurança e hackers mal-intencionados que as exploram.
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